2009/09/28

AO online - "Carlos César 'não foi mais valia para José Sócrates'"



Isto, afirmou a Dra. Berta Cabral no rescaldo da noite eleitoral.Face aos resultados que eram debitados no ecrã do meu televisor, confesso que fiquei confuso, já que era evidente que algo não batia certo.Então, considerando os mesmos resultados eleitorais, que mais valia foi o Dr. Mota Amaral para a Dra. Ferreira Leite e para o PSD/A? Não estão no mesmo plano? Porquê tantos tiros nos pés?Olhai para dentro de casa antes falarem do vizinho. Respeitem a nossa inteligência.

2009/09/27

O MEU VOTO


Bem cedo, fui cumprir o meu dever de cidadão, exercendo o direito de voto que a Constituição desta República me oferece e que me permite escolher em consciência, quem deve responsabilizar-se pelo governo deste quintalzinho lusitano.

Devo confessar que a minha consciência não estava tranquila, pois estou um pouco farto dos tradicionais discursos de caça ao voto, muitos dos quais, diariamente, violaram a minha inteligência e o meu bom senso, em nada comunicaram comigo ou tão pouco se identificaram com a minha geração e muito menos com a geração dos meus filhos, e logo com o futuro.

Mesmo assim, tomei o boletim de voto nas minhas mãos e nele desenhei a cruz que o valida e que contribuirá para dar expressão a uma das vontades eleitorais que certamente, esta noite, irão clamar vitória sobre o poder instituído.

Votei. Mas tal como dizia a minha consciência no momento em desenhei a dita cruz, não estava a mudar o que quer que fosse, nem tão pouco contribuindo para que alguém o faça, já que, como habitualmente, todos irão elevar as respectivas bandeiras e bradar vitória, deixando-me com a sensação amarga que ao exercer o meu direito de voto, apenas contribuí para baralhar as cartas deixando-as nas mãos dos mesmos profissionais da política e consequentemente, permanecendo tudo igual. Valeu a pena? Não poderá a liberdade também ter qualidade? Afinal, o voto não tem preço, mas tem consequências.

2009/09/26

O POEMA DA 'MENTE'

Há um primeiro-ministro que mente.
Mente de corpo e alma, completamente.
E mente de maneira tão pungente
Que a gente acha que ele mente sinceramente.
Mas que mente, sobretudo, impunemente...
Indecentemente... mente.
E mente tão racionalmente,
Que acha que mentindo vida fora,
Nos vai enganar eternamente.

Anónimo

2009/09/21

ANTES DA POSSE E DEPOIS DA POSSE


Não sei quem escreveu o texto! Vale o que vale, mas é sem dúvida mais uma expressão da visão simples da maioria dos cidadãos sobre os governos que sucessivamente condicionam o destino de cada um de nós.Para além do mais, é uma brincadeira bem gizada.

Instruções de leitura: Para saber qual o discurso que é feito antes da posse, leia o texto de cima para baixo. Para saber qual o discurso após a tomada do poder, leia o texto de baixo para cima.

ANTES DA POSSE

O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.

DEPOIS DA POSSE

2009/09/20

"PS quer mais fiscalização no RSI" - Os contribuintes agradecem

AO online: "PS quer mais fiscalização no RSI

Regional | 2009-09-20 21:49
O cabeça-de-lista do PS Açores às legislativas reconhece que é preciso aumentar a fiscalização na aplicação do Rendimento Social de Inserção (RSI)."

Digo eu:é inquestionável a justificação da existência do RSI.O que não entendo é o compadrio dos poderes políticos com a manutenção de um sistema que cultiva e perpétua a exclusão geracional, o abandono escolar, a promiscuidade social e familiar, tudo em nome de um meio de subsistência social, pago com os impostos dos contribuintes. Quem exige contrapartidas?Quem fiscaliza de forma séria e responsável? Quem pune os infractores e abusadores?Quem educa e forma, social, cultural e civilizacionalmente os titulares do RSI?Porque se faz de um sistema que se pretende de integração, uma permanente exclusão?

2009/09/17

ANEDOTA OU SENTIMENTO?


Um homem passa pela porta do plenário da Assembleia da República e ouve uma gritaria que saía de dentro:

- Filho da Puta, Ladrão, Salafrário, Assassino, Traficante, Mentiroso, Pedófilo, Vagabundo, Sem Vergonha, Trafulha, Preguiçoso de Merda,
Vendido, Usurário, Cabrão, Paneleiro, Foragido à Justiça, Oportunista, Aldrabão, Engana Incautos, Assaltante do Povo...
Assustado, o homem pergunta ao segurança parado na porta:
- O que esta acontecendo ai dentro? Estão brigando?!

- Não, responde o segurança. - Para mim estão fazendo a chamada para saber se falta alguém.

2009/09/16

Nova lesgislação prevê controlo à distância da violência doméstica | SIC Online


Nova lesgislação prevê controlo à distância da violência doméstica | SIC Online: "Nova lesgislação prevê controlo à distância da violência doméstica
O novo regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica e à protecção e assistência das vítimas, publicado esta quarta-feira em Diário da República, prevê a utilização de meios electrónicos para controlo à distância dos arguidos."

2009/09/12

SONDAGENS PARA A CRISE


A imprensa de hoje dá conta das últimas sondagens para as eleições legislativas nacionais do próximo dia 27 de Setembro.A estarem certas no sentido de voto que indiciam, o país encaminha-se alegremente para um beco sem saída.Sem coligações ou pactos pós eleitorais à vista, Portugal ao "sair" da crise económica, corre o risco de mergulhar na crise política, o que poderá arrastar para o fundo, novamente, a insegura economia lusa. Triste fado o nosso, mesmo sem a gripe A.Resta saber se, num cenário de minoria parlamentar, o sentido de Estado do Eng. José Sócrates e da Dra. Manuela Ferreira Leite é suficientemente lúcido para delinear soluções de consenso que protejam o interesse nacional em detrimento de meras vaidades partidárias.Se assim não acontecer, então é melhor começarmos a pensar que é preciso varrer qualquer coisa....

2009/09/10

Podia ser um Obama da Silva....


Não posso deixar de imaginar como seria fixe haver em Portugal um Obama.Sim, mesmo negro.Com mulher negra e filhos negros.Que raciocinasse, falasse e actuasse como o verdadeiro.Como isso representaria uma evolução civilizacional portuguesa, pois significaria que teríamos deixado de ser uns "merdosos cagões", de gargalo fundo e retórica afiada, hipócritas defensores das igualdades e dos direitos.Como isso significaria que parte importante da nossa história de império colonizador de povos africanos, não teria sido em vão e não se tinha abruptamente extinto numa maravilhosa madrugada de Abril.Como isso significaria a recuperação do crédito da classe política.Pensando bem, depois de D. Afonso Henriques, de D.João II e de Salazar, só um Obama poderia fazer renascer este país.Podia ser uma Obama da Silva....

2009/09/08

População activa com fraca qualificação nos Açores

AO online: "População activa com fraca qualificação nos Açores

Regional | 2009-09-08 08:30
Nos Açores, 61,4 por cento dos trabalhadores frequentaram apenas o segundo ciclo de escolaridade e destes, 4,6 por cento não têm qualquer instrução."



Esta é uma notícia triste que só por si revela uma triste realidade que hipoteca o futuro desta região.Porém, não surpreende que assim seja, tendo em conta a política irresponsável dos executivos regionais após o 25 de Abril de 74, que em nome da democracia eximiram-se de exercer a autoridade que lhes competia na formação e instrução da sociedade. Pelo contrário, deram-lhes cheque e mais cheques ....

2009/09/06

OS VENCEDORES USAM VERMELHO?


Estudo



Um grupo de investigadores alemães chegou à conclusão que, numa competição, os que usam alguma peça vermelha têm mais hipóteses de ganhar
visao.pt
10:23 Sábado, 5 de Set de 2009

"Enquanto houver alguns bispos e padres que se consideram com o direito de decidir pela sua cabeça os caminhos de pastoral (...) estamos a fragilizar a proposta cristã", afirmou D. José Policarpo.

http://aeiou.expresso.pt/cardeal-patriarca-repreende-bispos=f533652

Lusa
18:15 Quarta-feira, 2 de Set de 2009

D.José Policarpo foi muito benévolo. Alguns é pouco, pois são muitos os ditos homens da igreja que presunçosa e arrogantemente, se julgam na terra os directos representantes de quem está no céu e como tal, cegos, surdos e mudos ao que deveria consubstanciar a proposta cristã.

Duarte Pimentel

2009/09/04

Cartazes dos candidatos Aqui há gato - Expresso.pt

Cartazes dos candidatos Aqui há gato - Expresso.pt: "Cartazes dos candidatos: Aqui há gato
Um gato invadiu os cartazes dos partidos políticos nesta campanha e substituiu os candidatos. O Expresso mostra-lhe as provas do crime.
www.expresso.pt
23:56 Quinta-feira, 3 de Set de 2009"

2009/08/27

CANDIDATURAS & DEMOCRACIA


Estão em movimento as máquinas partidárias regionais com vista às eleições legislativas nacionais e autárquicas.

Por toda a Região, é visível a multiplicação dos candidatos junto dos acontecimentos de maior concentração e divulgação popular e mediática.

A ordem é para aparecer. A função é agradar. O objectivo é cativar o voto.

Da inauguração selecta, ao arraial popular. Da conferência académica às sopas do Espírito Santo ou ao churrasco comunitário, hei-los a cumprir a desdita de aproximação ao povo, com maior ou menor desenvoltura, tentando conciliar a dignidade da qualidade de candidato com a informalidade que os contactos exigem. Afinal, é a democracia portuguesa no seu melhor, na sua maior pureza e mais forte dinâmica festivaleira.

É a época das promessas, Das que se cumprem e das que quase ninguém cobra. Das que fazem brilhar o baço da política e das que, não reluzindo, calam forte nas aspirações dos cidadãos.

É o tempo das discussões, que se desejam baseadas numa consciência crítica, pois esta, só começa, quando se discute como se pensa e só se discute como se pensa quando honestamente, racional e emocionalmente, se acredita naquilo que o pensamento discute.

É o momento de acordar, o corpo e a mente de quem dorme perante o fenómeno político e a comunidade.

É a altura da tomada de posições. De metralhar o inimigo com críticas, lançando no campo de batalha as causas, as ideias e a poeira politiqueira mesquinha que tão infelizmente caracteriza o modo de fazer política em Portugal.

Aos candidatos, pede-se apenas que olhem o povo de frente, prometam pouco e se eleitos, façam muito.

Aos candidatos, recomenda-se que não usurpem o protagonismo da democracia ao cidadão. Partilhem-no com ele. Não façam da democracia um caso de polícia, uma revista do Parque Mayer, ou tão pouco um acto de condescendência para com o povo.

A festa continua a ser do povo, mesmo com todas as incertezas dos proveitos que o mesmo possa beneficiar. Mesmo com todas as ausências que a abstenção há-de registar. Mesmo com todo o desinteresse que o povo continua a manifestar.

Afinal, a democracia está coxa, mas continua em festa.

2009/07/07

ADEUS


O "Rei" da música pop morreu, na sequência de um ataque cardíaco, num hospital de Los Angeles, nos Estados Unidos. Era uma das estrelas do mundo da música mais adoradas e mais controversa.Hoje foi o dia do adeus.Fica a música de um artista genial.

2009/07/03

TÃO PERTO DA VERDADE...


O gesto do então ministro da economia e inovação, condenável desde logo pelas funções que desempenhava e pelo local em que o gizou, traduz visualmente, finalmente, de forma pública e dura, a realidade da nossa vida política, económica, financeira, judiciária, etc., etc.. Os que se apresaram a expressar o seu incómodo espanto, ainda acordaram a tempo de se identificarem, ou não, com o anedótico estado da nação. Depois disto, quem sabe, voltarmos às cenas de pugilato da I República, ou já agora, ao manguito do “Zé” ou ao bico das Caldas. Afinal, para coisas destas, somos um país de oportunidades.

2009/06/06

6 DE JUNHO DE 75. A DATA E O PRECONCEITO



Lembram-se do 6 de Junho de 1975?

Falar daquela data, quase sempre origina diversas reacções, provoca deliberadas omissões e porventura, o seu maior condão, permite desnudar a hipocrisia de todos quanto não conseguem discernir as causas públicas das coisas particulares e mesquinhas que modelam as suas vidas, de todos quantos não conseguem no presente assumir com coragem, dignidade e satisfação as ideias e os ideais que por quaisquer razões, no passado, os moveram a sair à rua naquela data, de todos quanto se deixaram acomodar pelos cargos, pelos compromissos, pelas vassalagens, de todos quantos perderam a voz, a capacidade e a autoridade para gritarem os Açores para além de horizontes curtos e atrofiantes, de todos quanto cegos de vaidade fazem do preconceito uma virtude e da ignorância vício.

Perante uma data que, na essência, marca um passo na luta pela democracia e pela liberdade que hoje desfrutamos, os político regionais, os seu partidos e os órgãos de governo próprio da Região, num atitude reveladora de castradores complexos e preconceitos, continuam a cultivar um lamentável silêncio, justificado na ausência de consenso sobre o significado daquele evento, fazendo deliberada e conscientemente triunfar, o cinzentismo, a hipocrisia, a fraqueza, a falta de carisma e o comodismo da classe política "oficial" dos Açores.

O 6 de Junho de 1975, não foi um erro. Foi um acto genuíno de liberdade, em que mais do que estar certo ou errado, contribuiu para que hoje, todos nós saibamos que a liberdade é o direito de estar errado e não o direito de fazer errado. Só é pena que o carrossel oficial da política confunda o valor e a ordem das coisas e faça as coisas erradas na convicção de que isso é um direito que a liberdade lhe permite e a democracia consente.

Perdendo a Europa de vista




A condição europeia de Portugal, enquanto membro de um restrito grupo dos melhores, mais ricos e desenvolvidos países do velho continente, tem valido, como não poderia deixar de ser, aos governantes nacionais de fundamento e justificação da esmagadora maioria das políticas e medidas adoptadas nas mais diversas áreas da nossa sociedade.

Para tudo e quanto a tudo, a União Europeia é termo de referência, condição de existência e exigência de mudança.

Para tudo e quanto a tudo, Portugal tudo muda, tudo aplica e tudo extingue, em nome das médias e dos níveis da União ou dos seus Estados membros.

Mais de duas décadas após a adesão ao espaço comunitário, um relatório recente de especialistas em assuntos europeus revela aquilo que a generalidade da nossa classe política não tem coragem para admitir: estamos cada vez mais longe da Europa.

E só assim se compreende que o mencionado estudo conclua que Portugal tem os níveis de preços mais elevados dos quinze, a par dos salários mais baixos, o que por consequência se traduz no mais precário nível de vida de todos os países do clube europeu.

Seria interessante escutar os nossos governamentáveis se o povo questionasse, sem dó nem piedade, porque todos eles se preocupam a actualizar preços, impostos e taxas, e nada fazem e nada constróem – nem que fosse necessário revolucionar todo o sistema – para que a produtividade da nossa economia cresça e assim sustente a criação de um nível da vida mais próximo do europeu.

Portugal sujeitou-se à escravatura do padrão europeu. Os governantes portugueses, sujeitam os cidadãos à política da precariedade, à humilhante condição de resíduo europeu, adiando o futuro e negando-lhes as capacidades produtivas que fora da nossas fronteiras lhes são indubitavelmente reconhecidas.

A cultura da vaidade, hipócrita e cobarde que domina a nossa classe política é certamente a maior desgraça deste país. O problema é que, se a beleza dos cargos cega os nossos governantes, o desencanto do quotidiano social atrofia os cidadãos. O resultado, é a estagnação.

Por tudo isto, não surpreende o virar de costas às eleições europeias de amanhã, dia 7 de Junho de 2009.É que nem os valores e deveres da cidadania e civilidade move o cidadão comum em direcção às urnas europeias. Não há paciência para tanta aldrabice …..

2009/05/14

Bento XVI apela à rejeição do "ódio e de preconceitos"



"Que cada um rejeite o poder destruidor do ódio e dos preconceitos, que transporta a morte na alma das pessoas antes de matar os corpos", afirmou o papa em Nazaré perante milhares de fiéis.(http://clix.expresso.pt/bento-xvi-apela-a-rejeicao-do-odio-e-de-preconceitos=f514552 )

As palavra do mais alto dignitário da Igreja Católica não podem deixar de merecer a maior atenção, considerando que historicamente tem sido aquela mesma instituição a maior responsável pelo culto de ódios e preconceitos que em nada são compatíveis com direitos humanos, liberdades individuais e diferenças raciais e religiosas. A história tem registado para sempre a Inquisição, a submissão opressiva dos indígenas em nome de um Deus; o convívio com o racismo; o ostracismo dos homossexuais e lésbicas, a amizade aos pobres e os favores aos ricos, etc.

2009/05/10

Preservativos grátis nas escolas

Expresso.pt
Projectos de lei do PS e do PCP sobre Educação Sexual prevêem distribuição de contraceptivos a partir do secundário.

Mais uma vez, o Estado entrega de mão beijada o peixe, em vez de dar a cana e ensinar a pescar.

É, certamente o caminho mais fácil.É certamente, o caminho para o insucesso.

Qual o problema da educação sexual? Qual o problema da responsabilização individual?

Depois do rendimento mínimo garantido é a vez do acto sexual assegurado!!!!!!!

Estou mesmo a ver, dentro em breve, os alunos a exigirem ao ministério da educação o direito de escolherem as cores, os motivos e os sabores dos preservativos do Estado...


2009/05/09



A propósito dos recentes "ataques" de guerrilha, desencadeados contra a esquadra da PSP da Bela Vista, em Setúbal, não posso deixar de questionar, não apenas o frágil papel da PSP na sociedade portuguesa, evidentemente não por culpa dos seus efectivos, mas principalmente a ausência do Estado na vida colectiva nacional.


Os referidos acontecimentos, quaisquer que sejam os argumentos, são uma nódoa negra num Estado de direito moderno e democrático, pois, a Democracia não pode coexistir com a marginalidade, desde o crime de colarinho branco ao assalto à casa de velhos e pacatos cidadãos.


Aos criminosos não podem ser conferidos os direitos que negam aos outros durante a prática dos seus actos, sejam brandos ou violentos.


As Leis destinam-se a regular a nossa vida colectiva e sempre que isso não aconteça são perversidades políticas que devem merecer a indignação dos cidadãos.


A polícia tem que ser considerada na medida em que consegue garantir a segurança dos cidadãos.


O que está a acontecer é caótico e mostra a falta de qualidade da democracia em que vivemos e a mediocridade dos decisores que não garantem a segurança legítima dos cidadãos.


Porque um ladrão assaltante de caixas de Multibanco foi baleado, é um atentatório exercício de hipocrisia, culpabilizar a Polícia, que não obrigou o criminoso, lamentavelmente abatido, a roubar e assaltar.


Pergunta-se: se o marginal tivesse baleado o polícia, os defensores dos direito humanos teriam o discurso de condecorar o marginal? Para manterem a coerência teriam de o fazer!

As últimas décadas da história do Estado português, não foram, certamente, pródigas no que respeita à definição e estabelecimento de prioridades, que de forma sustentada e consequente, conduzisse a sociedade portuguesa a um patamar homogéneo e coerente de desenvolvimento económico e social.

Aliás, desde a epopeia dos descobrimentos, o Estado afundou-se num misto de contradições com incompetência, numa salgalhada de politiquices e de interesses duvidosos que numa perspectiva colectiva foi constantemente adiando o futuro do país, toldando uma mentalidade descrente e miserabilista que sempre nos arrastou para a periferia das esferas do progresso.


As esperanças geradas em Abril de 74, foram-se gorando nos anos subsequentes e o Estado, em nome de ideais defendidos por muitos de então, foi se ,prostituindo sem se aperceber que passado três décadas, são eles, os mesmos, os senhores do poder, que para o chão atiraram os ideias, e para o lixo os valores da igualdade, da justiça e da dignidade humana.

E o duro reflexo de tudo isto, está à vista.

É um Estado mal estruturado, incompetente e sem autoridade.

É um Estado, em excesso, pleno de democracia. Tão pleno que ele próprio não a consegue exercer, pois quase tudo se sobrepõe aos seus poderes.

É um Estado mal informado, deficientemente formado e muito ultrapassado.

É um Estado injusto, cego, incongruente e desmembrado.

É um Estado que confunde as prioridades sociais, com as económicas e financeiras, dando primazia às últimas, em detrimento das primeiras. Daí que sacrifique a dureza da realidade social ao conforto da engenharia estatística.

O Estado perdeu a guerra do poder democrático.

O Estado esvaziou-se de credibilidade.

O Estado ... perdeu-se.

2009/05/05

DESPEDIMENTOS EM DIRECTO - TUDO PELAS AUDIÊNCIAS

Reality show despede empregado em directo - Expresso.pt



A cadeia norte-americana de televisão Fox está a preparar o lançamento de um novo reality show, "Someone's gotta go ", em que permite aos empregados de pequenas empresas escolherem, em directo, qual o elemento do grupo que será despedido.

Ainda em fase de produção - e sem apresentador definido, embora se especule que seja um consultor que, posteriormente, dará aconselhamento às organizações participantes - o programa contará com pequenas empresas de 15/20 empregados, a necessitarem urgentemente de cortar custos devido à conjuntura, e em que será revelado publicamente o salário de todos, cabendo à maioria escolher, e não o chefe, quem será despedido.

Sob o lema 'Quem é escolhido, perde', o vencedor/perdedor receberá apenas um prémio simbólico, segundo o site The Huffington Post .

Para Mike Darnell, chefe de programação na Fox, todos os participantes estão conscientes dos seus actos e de qual poderá ser o resultado: "É um programa que se insere na realidade em que vivemos. Não é pior do que ver as estatísticas que aparecem nos telejornais todas as noites. E, tal como em todo este tipo de programas, só vê quem quer."




2009/04/25



Esta mensagem foi publicada para PIMENTA DA TERRA em 20:42:48 25-04-2009
A REVOLUÇÃO QUE TARDA



Cada povo, cada sociedade, cada Estado, revela pela sua forma de organização o seu nível de capacidade e de competência para em torno de um sentimento nacional desenvolver projectos de estruturação de um futuro sustentado e pleno de realizações económicas, culturais, científicas e sociais.

Numa perspectiva ocidental, quanto mais elevado for aquele nível, mais civilizado e habilitado para o sucesso é um Estado e a sua sociedade.

Independentemente dos recursos naturais de que disponha, desde que liberto de dogmas ideológicos ou religiosos, em teoria, e face ao mundo aberto de hoje, qualquer sociedade democrática incorpora no seu seio a mais rica, infinita e diversificada fonte de energias a que se pode aceder e dispor: a inteligência dos homens e mulheres que a compõe.

Não é por acaso que se constata, que os Estados mais evoluídos económica, cultural e socialmente, são aqueles que fizeram essa aposta: investiram de forma consciente e programática na educação e formação dos seus cidadãos, transformaram mentalidades, fazendo de cada indivíduo um instrumento de produtividade civicamente responsável.

E Portugal, o que fez?

Ganhamos a liberdade com a revolução de Abril. Aderimos à, União Europeia que nos permitiu revolucionar a nossa forma de estar no mundo no que concerne à visibilidade internacional e às possibilidades de não perdermos em definitivo a ligação com a modernidade e com o desenvolvimento económico que caracteriza a esmagadora maioria dos países que integram aquele espaço de futuro.

Porém, falta-nos dar um salto enorme de qualidade, competência, disciplina e eficácia. E para que tal aconteça é urgente realizar a grande revolução das mentalidades, algo que apenas acontecerá se revolucionarmos e inovarmos o nosso sistema educativo transformando-o numa fonte credível de formação intelectual e cívica. Enquanto isso não acontecer, não seremos nada, ou de outro modo, continuaremos na senda da mão estendida, da descaracterização nacional, na falta de auto – estima, da indisciplina social, do culto da ignorância e da irresponsabilidade colectiva.

Se a personalidade e carácter de um Estado é o reflexo da personalidade e carácter do seu povo, então olhemo - nos ao espelho e envergonhemo-nos do Estado que somos.

2009/04/16

OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE

A justiça social continua a ser um mito perseguido e aguardado pelas velhas e novas gerações lusitanas.
De legítima aspiração, passou a mito e sempre cada vez mais longe dos cidadãos.
Da irracionalidade ingénua dos ideais revolucionários às políticas irresponsáveis e sem carácter estrutural de alguns governos, passando pelas medidas reformadores e economicistas de outros, em dezenas de anos de ditadura ou democracia, em monarquia ou em república, Portugal não conseguiu implementar um sistema de organização e funcionamento em que, da saúde à educação, da fiscalidade à segurança social, do trabalho ao desemprego, os cidadãos sentissem que a solução que lhes cabe é socialmente justa.
É consensual a ideia de que o sistema vigente cria aberrações que constituem autênticos atropelos aos mais básicos princípios constitucionais.
Há ricos que fiscalmente são considerados pelo Estado como pobres mas que exibem sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a sua pobreza formal. Há pobres que burocraticamente são considerados ricos.
Aos primeiros aplicam-se as regras que tecnicamente visam os segundos, e a estes negam-se benefícios que a respectiva situação material deveria justificar.
Nas franjas, ficam os verdadeiramente registados como ricos que, para além de acederem a benefícios só compreensíveis para os mais carenciados, praticam com o consentimento do Estado, uma panóplia de estratagemas de evasão às suas responsabilidades para com a República. Tudo isto, lado a lado com a dita classe média, que por se encontrar amarrada ao Estado por via da sua dependência fiscal e laboral, com tudo apanha e tudo lhe é exigido em nome da solidariedade colectiva.
Feitas as contas, mais vale ser rico, parecendo pobre. Mais vale enganar o Estado do que ser enganado por este.
Mais do que nunca, e ideologias à parte, o slogan "os ricos que paguem a crise", teve tão apropriada aplicação.

Banco de Portugal prevê contracção de PIB em 3,5 por cento


E aí vamos nós!Portugalmente alegres e satisfeitos, num eterno voto de fidelidade a um permanente Fado, para o bem e para o mal, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, e em tudo o mais a que esta pacata mentalidade portuguesa nos condena… há séculos, para lá de qualquer crise.

Pais com mais direitos na licença parental


Entram em vigor a 1 de Maio as novas regras relativas à protecção social na parentalidade que alarga os direitos dos homens progenitores, avós, adoptantes e trabalhadores independente.
A partir de 1 de Maio, a licença pós-parto pode chegar aos cinco meses, pagos a 100 por cento da remuneração bruta, ou aos seis meses, pagos a 83 por cento, sob a condição de um dos meses ser gozado exclusivamente pelo pai.A licença parental pode chegar aos 12 meses, mas nesse caso os seis meses suplementares terão de ser repartidos igualmente pelos dois progenitores e serão subsidiados com apenas 25 por cento da remuneração bruta, aumenta também de cinco para dez dias úteis, a licença a gozar obrigatoriamente pelo pai, logo a seguir ao parto. Os pais podem ainda beneficiar de mais dez dias, pagos a 100 por cento, em simultâneo com a mãe.Outro ponto de mudança é a equiparação da adopção às licenças de parentalidade, assim como o reforço dos direitos dos avósO novo diploma elimina uma lacuna legal, que não reconhecia o direito a licenças em caso de adopção e asseguram que, em caso de gémeos, os apoios são acrescidos em tempo e subsídio. Por outro lado, fica reconhecida a abrangência dos apoios a trabalhadores independentes ou abrangidos pelo seguro social voluntário.Com estas alterações, o Governo pretende incentivar a participação dos pais no período pós-parto.

Farmácias suspendem substituição de remédios



Vivo num país em que os cidadãos podem exercer o direito de interrupção da gravidez de forma ampla e não condicionada, mas não podem decidir se o medicamento que é prescrito pelo seu médico pode ser genérico ou não.

Jornalista atira sapato contra ministro do Interior da Índia

É de estranhar que a moda do sapato ao político não tenha seguidores em Portugal. Afinal, temos uma indústria de calçado com tradição e uma classe política constantemente a pedi-las…