Do rodopio vertiginoso das notícias que diariamente nos têm invadido a vida e que se centram, tão quase unicamente, na crise económica e financeira, parece que podemos concluir pelo fim de um ciclo: o do capitalismo selvagem e desregulado do próprio Estado.
Nas últimas duas décadas, o Estado fez o jogo do capital, afastou-se dos cidadãos e agora, com as calças na mão, pede a este últimos, sacrifícios sem conta, para pagar tudo aquilo que gastou e que não tinha.
Pergunto: para que quero um Estado que não me protege e que me vira contra si? Para nada!
O que espero no futuro? Que em nome de uma cidadania saudável (que cada vez valorizo mais em detrimento de uma democracia podre e de fachada) a economia e a vida colectiva assente em princípios tão básicos como o da reciprocidade – não faça aos outros o que não queres que te façam – e no princípio da humanidade – todo o ser humano deve ser tratado … humanamente.
Será pedir muito?