PIMENTA DA TERRA
2012/05/28
6 de Junho : O Silêncio do Preconceito
2012/04/29
2012/04/25
A REVOLUÇÃO QUE TARDA
2012/01/21
A MIOPIA DA CRISE
Há quem lhe chame a miopia da crise. Constata-se ser uma enfermidade de que padecem alguns sectores da sociedade portuguesa, designadamente, aqueles que professam ideologias políticas de uma esquerda maoísta e leninista , os que desenvolvem atividades sindicais de alguma forma apadrinhados pelos primeiros e os que continuam a viver na utopia de uma sociedade anárquica.
Dizem os entendidos, que a doença tem como principal sintoma a recusa sistemática da perceção da realidade de crise económica e financeira do país. Em consequência, tais pacientes criam um mundo virtual, quase esquizofrénico, no qual assumem de peito aberto e livres de qualquer responsabilidade, a bandeira da defesa dos trabalhadores, propondo medidas e reivindicando soluções, que a serem concretizadas, nos mandariam diretamente para uma versão cubana de Portugal, em que para mal dos nossos pecados, nem o cinzentismo do fado substituiria o colorido da “salsa” .
Porém, tal doença é ainda mais grave e preocupante quando também afecta outros sectores da nossa população e muitas entidades e instituições com altas responsabilidades na formação da opinião pública, que insistem em imputar à “troika” a culpa dos nossos males, esquecendo que todos deveríamos fazer um ato de contrição pela responsabilidade individual e coletiva que temos quando deixamos que fizessem em nosso nome este grande imbróglio.
Segundo os especialistas, trata-se de uma maleita incurável, pois atormenta a sociedade lusa desde D. Afonso Henriques.
2012/01/20
O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje no Porto que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.
Tenho o Presidente da República como um homem sério e honesto e como tal gostaria de acreditar que o nosso PR, na sua célebre falta de jeito para comunicar connosco, apenas pretendeu dizer que está ao nível do cidadão comum que no seu quotidiano enfrenta a dureza dos efeitos da crise económica que assola o país. Porém, mais uma vez, o discurso é infeliz. Depois dos tiros nos pés auto infligidos pelo Primeiro Ministro e habituados que estamos ao desnorteado palrar dos deputados, a quem daremos ouvidos?
Por este caminho, podem convidar para presidente deste país "bimbalho", a renascida estrela Paulo Futre que poucos irão estranhar. Assim teremos a certeza que Portugal terá um chefe de Estado que jamais se lamentará dos seus parcos proveitos financeiros e transformará Belém numa autêntica "china town" presidencial. Ao menos, havemos de rir, já que para chorar, basta os que agora cá estão.
2011/11/08
... 2012...em rede e em grupo
Certamente que não será o ano do fim do mundo, como parece estar previsto no calendário dos Maias. Porém, 2012 irá marcar o fim de um ciclo político nos Açores. À era Mota Amaral, seguiu-se a era Carlos César que agora termina.
Profundamente marcados pelos modelos de governação de cada um daqueles períodos, os Açores, preparam-se para uma escolha difícil e diferente: pela primeira vez, teremos uma mulher a disputar o acesso à presidência do governo; pela primeira vez, seremos confrontados a escolher entre dois candidatos que configuram gerações diferentes e como tal, poderão representar projectos de diferente dinâmica e com maior ou menor durabilidade temporal.
Por agora, nas redes sociais, diversificam-se os grupos de apoio a cada uma das candidaturas, para os quais, sem apelo nem agrado, somos empurrados. Por este exemplo, e por todos os comentários que se começam a tecer nas ditas redes, não é difícil vislumbrar, que também pela primeira vez nos Açores, as eleições para o parlamento regional terão no Facebook, Twitter e companhia, um link importante de exercício da cidadania.
2011/03/19
DOIS AMIGOS EM APUROS
2010/12/09
CORRUPÇÃO–DE EXPEDIENTE NACIONAL A REALIDADE INVISÍVEL À JUSTIÇA
A maior parte dos portugueses (83 por cento) acha que a corrupção aumentou em Portugal nos últimos três anos, segundo o Barómetro Global da Corrupção da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado esta quinta-feira.
Os partidos políticos são as instituições consideradas mais corruptas pelos inquiridos em Portugal, seguindo-se a Assembleia da República, o sector privado, o sistema judicial, a polícia e os meios de comunicação.
Socialmente, a corrupção, nas suas diversas vertentes e tonalidades, é um velho “hábito” luso que até se encontra criminalizado em lei.
Porém, a nossa justiça é mesmo cega perante a corrupção: favorecimentos; tráfego de influências; corrupção passiva, são algumas das vertentes que tipificam o crime de corrupção. Todos concordam que este crime deve ser combatido, no entanto, poucos, muito poucos são os casos de condenação.
Em Portugal, a justiça é tão cega para com este fenómeno que para que haja condenação de um caso de corrupção parece que é insuficiente, que o corrupto apareça publicamente com o dinheiro na mão, munido de uma fotografia do momento em que ocorreu o acto de corrupção, acompanhado de duas testemunhas…
2010/12/07
O QUE VALE UM VOTO EM BRANCO?
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) esclareceu esta terça-feira que os votos em branco e nulos não têm influência no apuramento dos resultados eleitorais, depois da circulação na internet de uma mensagem de apelo ao voto em branco nas próximas presidenciais. Nada que não se soubesse. Que o voto em branco ganha cada vez mais força? É verdade! Que isso tem um significado de rejeição do teatro político que domina este país?Quem duvida?
<a href="http://www.acorianooriental.pt/noticias/view/211514">AO online</a>
2010/12/03
Para além de uma aparente injustiça
O Governo Regional dos Açores anunciou uma medida de apoio aos funcionários públicos destinada a minimizar o impacto das medidas de combate à crise impostas pelo Governo da República.
Nesse sentido, o executivo açoriano criou uma remuneração compensatória que cobrirá «integralmente a perda de vencimento dos funcionários públicos» que têm um rendimento mensal entre 1500 e 2000 euros, o que abrange cerca de 3700 funcionários públicos.
Não obstante ter sido anunciada no passado dia 1 de Novembro, só hoje “ a bomba estourou” nos escaparates noticiosos.
É injusto!É inconstitucional! É atentatória ao princípio da igualdade de tratamento! De um modo geral, foi este o sentimento generalizado da classe política nacional e até o presidente da república, não sei se já em campanha eleitoral, julgou que tal medida é merecedora de chumbo pelo Tribunal Constitucional.
Desde logo, convém precisar que o funcionalismo público a que se referem as notícias, abrange tão só, a administração pública regional autónoma, ou seja, a que depende única e exclusivamente do Governo Regional dos Açores e do Orçamento da Região Autónoma dos Açores.
Estamos pois a falar de AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, coisa que mais de 30 anos depois “intriga” o Terreiro do Paço” e seus acólitos.
A medida é INJUSTA face aos restantes funcionários públicos dos demais níveis da administração pública? Aceito que sim, mas justiça ou injustiça são conceitos que pouco ou nada têm a ver com legalidade.
A medida desrespeita o princípio da solidariedade nacional, atendendo aos sacrifícios que a República está a exigir à generalidade dos cidadãos e aos funcionários públicos em particular? Claramente que sim!
Porém, se o Governo Regional não puder gerir os recursos humanos de que a Região é a legítima entidade patronal, para que nos serve a AUTONOMIA?
Não é nessa base que existem alguns regimes remuneratórios próprios da Região, tais como a “remuneração complementar”; “o complemento do abono de família” ; o complemento de reforma” e o “salário mínimo regional”. Alguém os contestou?
Afinal, a Autonomia serve apenas para enfeitar a República ou para defender os açorianos, mesmo sendo funcionários públicos?
2010/11/26
E NO FUTURO…COMO SERÁ?
Do rodopio vertiginoso das notícias que diariamente nos têm invadido a vida e que se centram, tão quase unicamente, na crise económica e financeira, parece que podemos concluir pelo fim de um ciclo: o do capitalismo selvagem e desregulado do próprio Estado.
Nas últimas duas décadas, o Estado fez o jogo do capital, afastou-se dos cidadãos e agora, com as calças na mão, pede a este últimos, sacrifícios sem conta, para pagar tudo aquilo que gastou e que não tinha.
Pergunto: para que quero um Estado que não me protege e que me vira contra si? Para nada!
O que espero no futuro? Que em nome de uma cidadania saudável (que cada vez valorizo mais em detrimento de uma democracia podre e de fachada) a economia e a vida colectiva assente em princípios tão básicos como o da reciprocidade – não faça aos outros o que não queres que te façam – e no princípio da humanidade – todo o ser humano deve ser tratado … humanamente.
Será pedir muito?