2006/11/09

PORMENORES DE UM DIA DE CINZENTO


São tão simples como a máquina que as tirou, mas foram as cores do meu jardim que hoje me deram o bom-dia. Afinal, estou de greve, tenho tempo para tudo isso e muito mais.....



ESTOU EM GREVE


Hoje e amanhã, não contem comigo para trabalhar ... para o Estado. Estou em greve.

Sei que sou licenciado. Sei que sou chefe. Sei que sou trabalhador. Sei que sou pai. Sei que tenho uma casa para sustentar. Sei que tenho utentes para servir. Sei que pago todos os meus impostos e contribuições.Sei que cumpro a esmagadora maioria das mais elementares regras do bom comportamento social. Sei que há muita coisa para mudar e algumas delas já mudaram ou estão a mudar pela mão do Eng. Sócrates. Sei que ainda tenho uma réstaea de esperança neste Portugal. Sei que sou um cidadão liberal, de costumes e políticas.Mas que diabo, sei que não tenho culpa da situação financeira do país. Por tudo isto e muito mais, fico em casa.

2006/11/07

RAPAZ OU RAPARIGA?


Dizia-me há pouco um amigo, a respeito da sua expectativa quanto ao sexo do rebento que em Abril lhe duplicará a qualidade de pai, que a sua preferência ia no totalidade para uma menina (não obstante já ter uma), já que em seu entender a efeminização do mundo actual, designadamente pelo acelerado processo de emancipação da mulher, constitui um cenário propício ao sofrimento do ser “macho”, logo incompatível com a legítima aspiração de um pai quanto à felicidade do filho (macho).

Confesso que tal jamais me havia passado pela cabeça! Sempre julguei que um mundo no feminino, ou mais feminino, poderia ser mais concertado do que esta versão máscula e repleta de testerona que até há pouco vingou.

Vou continuar a reflectir no assunto…

2006/11/06

A POLÍTICA GALDÉRIA

Muito se tem dito e escrito sobre o divórcio entre o cidadão comum e os políticos, entre a sociedade civil e as instituições de um regime que um dia se quis democrático.

Da esquerda à direita, independentemente da perspectiva que se adopte para abordar o fenómeno do relacionamento do cidadão com a política e da postura dos políticos face aos cidadãos, o certo é que ninguém que preze a sua honestidade intelectual pode aplaudir o actual estado de coisas.

Tudo o que na política era sério, digno, nobre e capaz de mobilizar pessoas e aglutinar ideais, foi literalmente dilacerado por um comportamento mercantilista da generalidade da classe política, que prostituiu a política em nome das ambições e vaidades privadas, dos interesses partidários ou de grupos económicos.

À frontalidade sobrepôs-se a hipocrisia. A coragem depressa foi vencida pela cobardia. A inteligência vendida à cegueira dos cargos, do poder e das honrarias. Os políticos perderam fulgor, especializaram-se em fugir aos desafios, em negar as evidências e a dar o dito pelo não dito.

Depressa se chegou a uma situação assustadora em que por ignorância, por comodismo ou por incapacidade, a sociedade transferiu para a classe política o poder de modelar a democracia, de defender os seus valores intrínsecos, de representar e de dar voz aos seus mais legítimos anseios, e aquela, na sua maioria, destituída de cultura e de civilidade, baralhou e confundiu os direitos e os deveres dos representantes e dos representados, falando e agindo em nome destes, usurpando poderes e viciando as verdadeiras regras do jogo democrático.

Com tudo isto, Portugal transformou-se num país em que o que conta são algumas centenas de políticos, meia dúzia de grupos económicos, três canais de televisão de grande audiência, três clubes de futebol e milhões de cidadãos desmotivados, cépticos e incrédulos.

Sendo a política a profissão mais antiga do mundo, mais antiga do que aquela que todos pensam ser, o certo é que nos últimos tempos a classe política portuguesa tem

feito tudo para demonstrar que se a política vence a prostituição em antiguidade, não o faz em honestidade.

Assim sendo, quem pode acreditar em novas eras? Quem está disposto a confiar em novas promessas vindas do tradicional poder estabelecido? Não valerá a pena começar a considerar outras alternativas? Não valerá a pena atribuir algum crédito a outras vozes?

Não será proveitoso incentivar o aparecimento de outras correntes de pensamento?

Perante tantas dúvidas legítimas, a única certeza é a de que o presente que vivemos não garante o futuro, nem é digno de ser herdado pelas novas gerações. A mudança é necessária como única forma de salvaguardar a democracia. Haja coragem para a fazer.

2006/11/04

Afinal, Quem é Quem?


Acabei de ler que o presidente norte-americano, George W. Bush, representa para os britânicos uma ameaça à paz maior do que os líderes norte-coreano e iraniano, Kim Jong-il e Mahmud, Ahmadinejad,

Bush apenas é ultrapassado por Osama bin Laden nesta sondagem, efectuada conjuntamente pelo Guardian, Haaretz (Israel), La Presse e Toronto Star (Canadá) e Reforma (México).

Ora, estarei desordenado com tanta confusão que corre nas cabecinhas dos inquiridos? Então meu povo, quem se auto-designou de Guardião do mundo livre, pai de todas as liberdades e dono de todas as guerras pela democracia? Afinal quem é o lobo mau? Dhaaaaa!