2012/01/21

A MIOPIA DA CRISE

miopia
Há quem lhe chame a miopia da crise. Constata-se ser uma enfermidade de que padecem alguns sectores da sociedade portuguesa, designadamente, aqueles que professam ideologias políticas de uma esquerda maoísta e leninista , os que desenvolvem atividades sindicais de alguma forma apadrinhados pelos primeiros e os que continuam a viver na utopia de uma sociedade anárquica.
Dizem os entendidos, que a doença tem como principal sintoma a recusa sistemática da perceção da realidade de crise económica e financeira do país. Em consequência, tais pacientes criam um mundo virtual, quase esquizofrénico, no qual assumem de peito aberto e livres de qualquer responsabilidade, a bandeira da defesa dos trabalhadores, propondo medidas e reivindicando soluções, que a serem concretizadas, nos mandariam diretamente para uma versão cubana de Portugal, em que para mal dos nossos pecados, nem o cinzentismo do fado substituiria o colorido da “salsa” .
Porém, tal doença é ainda mais grave e preocupante quando também afecta outros sectores da nossa população e muitas entidades e instituições com altas responsabilidades na formação da opinião pública, que insistem em imputar à “troika” a culpa dos nossos males, esquecendo que todos deveríamos fazer um ato de contrição pela responsabilidade individual e coletiva que temos quando deixamos que fizessem em nosso nome este grande imbróglio.
Segundo os especialistas, trata-se de uma maleita incurável, pois atormenta a sociedade lusa desde D. Afonso Henriques.

2012/01/20

 ESTE PRESIDENTE NÃO É PARA ESTE PAÍS

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse hoje no Porto que aquilo que vai receber como reforma "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.

Tenho o Presidente da República como um homem sério e honesto e como tal gostaria de acreditar que o nosso PR, na sua célebre falta de jeito para comunicar connosco, apenas pretendeu dizer que está ao nível do cidadão comum que no seu quotidiano enfrenta a dureza dos efeitos da crise económica que assola o país. Porém, mais uma vez, o discurso é infeliz. Depois dos tiros nos pés auto infligidos pelo Primeiro Ministro e habituados que estamos ao desnorteado palrar dos deputados, a quem daremos ouvidos?

Por este caminho, podem convidar para presidente deste país "bimbalho", a renascida estrela Paulo Futre que poucos irão estranhar. Assim teremos a certeza que Portugal terá um chefe de Estado que jamais se lamentará dos seus parcos proveitos financeiros e transformará Belém numa autêntica "china town" presidencial. Ao menos, havemos de rir, já que para chorar, basta os que agora cá estão.